terça-feira, 27 de abril de 2010

ANOITEÇO

Trancado no quarto
as palavras vertem-me
em confusões estudadas.
Concebo ilusões prévias,
acalento meu corpo cansado
(suspiro).
Orações transcritas
em poesia barata.
A procura me persegue,
esta loucura de ser sem saber,
este instante único
em que infinito e abismo
fundem-se em elos de uma prisão.
Calado, percorro linhas,
paráfrases sem sentido,
sentimentos indizíveis.
Anoiteço.

Marco, janeiro’96

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