Pontos dentro do espaço
contido em nossos olhos.
Contornos.
A expressão do olhar
descarta a maquilagem.
Corpos ardem em intenções
escondidos sob roupas pesadas,
corpos que flutuam no verão da cidade de concreto.
Mais do que os próprios contornos,
trejeitos deixam transparecer
formas esculpidas pelo cotidiano.
Deste lado da janela
os dias passam num vislumbre,
possibilidades infinitas de movimento
criando estruturas inconsistentes
para justificar a ausência de definição
das imagens que por aqui trafegam velozmente
deixando um rastro vago de emoções.
A certeza do fato existe
nas silhuetas imaginárias.
De longe é possível a criação.
O tempo atravessa a história de cada um,
assim como raios de sol
atravessam os vitrais das catedrais,
dando-lhes cor, movimento
e o próprio sentido vítreo.
Marco, 10.01.97
segunda-feira, 26 de abril de 2010
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